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ENFERMIDADES


A cannabis medicinal tem ganhado cada vez mais espaço como uma alternativa terapêutica para diversas condições de saúde, devido às suas propriedades analgésicas, anti-inflamatórias, neuroprotetoras e ansiolíticas. Veja algumas das principais patologias tratadas com cannabis medicinal.

A dor crônica, especialmente associada a condições como fibromialgia, artrite, dor neuropática e lesões na coluna, é uma das principais indicações para o uso de cannabis medicinal. Os canabinoides, como o tetraidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD), interagem com o sistema endocanabinoide do corpo, modulando a percepção da dor e aliviando os sintomas sem os efeitos colaterais severos dos opioides.

Pacientes com esclerose múltipla sofrem de espasmos musculares dolorosos e debilitantes, fadiga e alterações motoras. O uso de cannabis medicinal, em especial a combinação de THC e CBD, pode reduzir os espasmos musculares, a dor e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

O CBD tem mostrado potencial no tratamento de transtornos de ansiedade, como transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de pânico e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Seus efeitos ansiolíticos e antidepressivos são atribuídos à sua interação com receptores de serotonina e endocanabinoides no cérebro. A cannabis também pode ser usada para tratar o TEPT, auxiliando no controle de flashbacks e insônia.

A epilepsia, especialmente em formas refratárias como a síndrome de Dravet e a síndrome de Lennox-Gastaut, tem sido amplamente tratada com CBD. Estudos mostraram que o CBD pode reduzir a frequência e a intensidade das crises epilépticas em pacientes que não respondem a medicamentos convencionais.

Pacientes com câncer, além de lidarem com a própria doença, frequentemente enfrentam náuseas, vômitos, dor e perda de apetite como efeitos colaterais da quimioterapia. O THC é eficaz para reduzir as náuseas e melhorar o apetite, enquanto o CBD pode atuar como um agente anti-inflamatório e potencialmente auxiliar na redução da proliferação de células cancerígenas, embora mais estudos sejam necessários nessa área.


O uso da cannabis medicinal deve ser orientado por um profissional de saúde e é importante respeitar as regulamentações locais. Embora ofereça alívio para uma ampla gama de patologias, a resposta ao tratamento pode variar, e os potenciais efeitos colaterais, como sonolência, boca seca, e alterações cognitivas, precisam ser monitorados.

Essa abordagem alternativa pode melhorar significativamente a qualidade de vida de muitos pacientes, especialmente em condições em que os tratamentos convencionais falham ou apresentam efeitos colaterais intensos.

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